
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
No Elevador
Duas funcionarias adultas, colegas de trabalho, falando uma com a outra: a primeira fala de uma terceira que não veio trabalhar devido à morte de seu bisavô, ao que a interlocutora responde, consoladora:
- “mas ele já devia ser bem velhinho não é?” para a primeira replicar:
- “isso não sei, ela nunca comentou”
(mas eu tinha me esquecido que o diálogo nao se encerrou assim..teve uma frase final..) a que disse que: "ele ja devia ser bem velhinho" refletiu melhor e ponderou: "
-"mas ela (a que faltou de serviço pela morte do bisavô) tambem é nova né?" - dando a entender que, por isso, o tal bisavô talvez nem fosse tão velho assim.
Fiquei pensando no modo como as pessoas que assistiam o filmes do Buñuel, quando eram novidades, achavam absurdas as coisas que os personagens dos filmes diziam e faziam, como se nada daquilo fosse possivel, mas mero fruto de uma imaginação delirante.
sábado, 20 de novembro de 2010
Livros, o alimento da alma
Gosto de comprar livros pela internet; são mais baratos, nao precisa andar (sou preguiçoso) e as resenhas, as vezes descabeladas, que acompanham cada livro me divertem muito.
Zapeando na Submarino hoje, selecionei essas duas perolas que reproduzo ipsis literis.
Imagina o trabalho do juiz para decidir quem é o verdadeiro autor de uma obra psicografada? E eles tratam da coisa a sério.
Depois, é universalmente sabido da fixação dos alemães pelos restos alimentares digeridos e excretados pelo corpo, a ponto de, segundo consta, lá no país onde eles moram, os vasos sanitarios possuem o bojo coletor dos dejetos voltado para frente do, digamos, obreiro, para que este possa observar atentamente o aspecto de sua obra, antes de dar descarga. Possivelmente se perguntar um deles porque fazem isso vão dizer que é por questão de saude, para saber se tem alteração nas fezes e coisas assim; mas desconfio que a verdadeira resposta seja um pouco mais complicada e tem a ver com sua trajetória como nação de pessoas singulares e um tanto esquisitonas. Enfim a autora de Zonas Úmidas, Helen Memel, de 18 aninhos, nos conduz um pouco mais a fundo nesse fascinante mundo da materia fecal, em sua obra, com duplo sentido, por favor.
Imagina o trabalho do juiz para decidir quem é o verdadeiro autor de uma obra psicografada? E eles tratam da coisa a sério.
Depois, é universalmente sabido da fixação dos alemães pelos restos alimentares digeridos e excretados pelo corpo, a ponto de, segundo consta, lá no país onde eles moram, os vasos sanitarios possuem o bojo coletor dos dejetos voltado para frente do, digamos, obreiro, para que este possa observar atentamente o aspecto de sua obra, antes de dar descarga. Possivelmente se perguntar um deles porque fazem isso vão dizer que é por questão de saude, para saber se tem alteração nas fezes e coisas assim; mas desconfio que a verdadeira resposta seja um pouco mais complicada e tem a ver com sua trajetória como nação de pessoas singulares e um tanto esquisitonas. Enfim a autora de Zonas Úmidas, Helen Memel, de 18 aninhos, nos conduz um pouco mais a fundo nesse fascinante mundo da materia fecal, em sua obra, com duplo sentido, por favor.
As sinopsis:
A Psicografia Ante os Tribunais
"O autor da presente obra, o advogado Miguel Timponi, relata todo o processo, desde a inicial até a decisão final da justiça, ao reconhecer que, para fins legais, os direitos autorais não podem ser atribuídos a um Espírito desencarnado. Estabelece interessantes comparações entre a obra de Humberto de Campos encarnado e como Espírito, reunindo opiniões de professores, psiquiatras, poetas, cientistas e juristas, que atestam a autenticidade do estilo do escritor póstumo.
O livro trata da ação judicial movida pela viúva e filhos de Humberto de Campos, contra a FEB e Francisco Cândido Xavier, na qual foram pleiteados os direitos autorais sobre a obra psicográfica recebida do Espírito Humberto de Campos. O autor relata todo o processo, desde a inicial até a decisão final da justiça. "
Zonas Úmidas
"Helen Memel tem 18 anos e hábitos no mínimo escatológicos. Usa os aromas vaginais como perfume em gotas atrás das orelhas, cultiva caroços de abacate que gosta de introduzir na vagina e sente imenso prazer em sentar nos vasos sanitários públicos quando estão bem sujos. Ela também nos confessa, sem qualquer sombra de pudor, que tem enorme orgulho de suas hemorróidas com aspecto de couve-flor.
A ação se passa no setor de proctologia de um grande hospital alemão, onde a protagonista e narradora da história se recupera de uma cirurgia no ânus. É quando ela tem a oportunidade de refletir sobre seu corpo - entre uma e outra fantasia sexual com a equipe de enfermeiros que se tornam sua maior companhia no quarto do hospital. A intervenção foi necessária devido a um acidente provocado por ela mesma numa tentativa frustrada de barbear sozinha suas partes íntimas.
Depois do sucesso de vendas na Europa, a personagem criada por Charlotte Roche é considerada por muitos uma heroína feminista ousada, mas o livro chegou a ser inicialmente rejeitado por várias editoras alemãs, que o consideraram pornográfico. Segundo a autora, Zonas Úmidas vai além disso: "Eu quis escrever sobre sexualidade feminina e propositadamente exagerei nos detalhes. Escrevi cenas com a intenção de deixar as pessoas excitadas, com o rosto corado e quente, como quando assistem a uma cena mais explícita de sexo na TV"".
A Psicografia Ante os Tribunais
"O autor da presente obra, o advogado Miguel Timponi, relata todo o processo, desde a inicial até a decisão final da justiça, ao reconhecer que, para fins legais, os direitos autorais não podem ser atribuídos a um Espírito desencarnado. Estabelece interessantes comparações entre a obra de Humberto de Campos encarnado e como Espírito, reunindo opiniões de professores, psiquiatras, poetas, cientistas e juristas, que atestam a autenticidade do estilo do escritor póstumo.
O livro trata da ação judicial movida pela viúva e filhos de Humberto de Campos, contra a FEB e Francisco Cândido Xavier, na qual foram pleiteados os direitos autorais sobre a obra psicográfica recebida do Espírito Humberto de Campos. O autor relata todo o processo, desde a inicial até a decisão final da justiça. "
Zonas Úmidas
"Helen Memel tem 18 anos e hábitos no mínimo escatológicos. Usa os aromas vaginais como perfume em gotas atrás das orelhas, cultiva caroços de abacate que gosta de introduzir na vagina e sente imenso prazer em sentar nos vasos sanitários públicos quando estão bem sujos. Ela também nos confessa, sem qualquer sombra de pudor, que tem enorme orgulho de suas hemorróidas com aspecto de couve-flor.
A ação se passa no setor de proctologia de um grande hospital alemão, onde a protagonista e narradora da história se recupera de uma cirurgia no ânus. É quando ela tem a oportunidade de refletir sobre seu corpo - entre uma e outra fantasia sexual com a equipe de enfermeiros que se tornam sua maior companhia no quarto do hospital. A intervenção foi necessária devido a um acidente provocado por ela mesma numa tentativa frustrada de barbear sozinha suas partes íntimas.
Depois do sucesso de vendas na Europa, a personagem criada por Charlotte Roche é considerada por muitos uma heroína feminista ousada, mas o livro chegou a ser inicialmente rejeitado por várias editoras alemãs, que o consideraram pornográfico. Segundo a autora, Zonas Úmidas vai além disso: "Eu quis escrever sobre sexualidade feminina e propositadamente exagerei nos detalhes. Escrevi cenas com a intenção de deixar as pessoas excitadas, com o rosto corado e quente, como quando assistem a uma cena mais explícita de sexo na TV"".
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Marcelo Adnet ironiza eleitores elitistas no Comédia MTV
quem nao ouviu - ou disse - algo assim???? (ahhhh...com pobre recebendo bolsa familia não quer mais limpar a sujeira da gente e so quer fazer filho..assim não dá..assim não pode..)
sábado, 13 de novembro de 2010
Quanto Vale a Moral dos Pobres Para a Nossa Justiça
No Rio de Janeiro, vendedora queimada com ferro de passar roupa pelo gerente receberá indenização de R$ 5 mil
Correioweb
12/11/2010 13:18
O Tribunal Superior do Trabalho manteve a decisão de condenar uma empresa ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil a uma funcionária que teve a perna queimada pelo gerente com um ferro de passar roupa.
A vendedora declarou que estava cansada de ficar em pé quando resolveu se sentar para descansar, quase no final do expediente. O gerente, que passava roupas no interior da loja, mandou que ela se levantasse e, diante da negativa, encostou o ferro quente na perna da vendedora, causando-lhe queimadura na coxa esquerda.
A funcionária registrou ocorrência policial e o crime foi classificado como tortura. No dia seguinte à agressão, ela deixou o emprego e ajuizou uma ação trabalhista para pedir indenização por danos morais, no valor de 200 vezes do último salário recebido.
A empresa alegou que o incidente não passou de “uma brincadeira descontraída entre colegas de trabalho, cujo resultado incidiu em uma lesão”. A Vara do Trabalho considerou o argumento da empresa descabido e a juíza sentenciante considerou que o gerente “assumiu o risco das consequências” de sua “grave negligência”. A empresa foi condenada a pagar 100 salários mínimos pelos danos morais (cerca de R$ 30 mil à época).
A empresa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, que manteve a condenação, mas diminuiu o valor da indenização para R$ 5 mil. Ao recorrer para o Tribunal Superior do Trabalho, a empresa teve seu pedido negado e a sentença foi mantida.
Correioweb
12/11/2010 13:18
O Tribunal Superior do Trabalho manteve a decisão de condenar uma empresa ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil a uma funcionária que teve a perna queimada pelo gerente com um ferro de passar roupa.
A vendedora declarou que estava cansada de ficar em pé quando resolveu se sentar para descansar, quase no final do expediente. O gerente, que passava roupas no interior da loja, mandou que ela se levantasse e, diante da negativa, encostou o ferro quente na perna da vendedora, causando-lhe queimadura na coxa esquerda.
A funcionária registrou ocorrência policial e o crime foi classificado como tortura. No dia seguinte à agressão, ela deixou o emprego e ajuizou uma ação trabalhista para pedir indenização por danos morais, no valor de 200 vezes do último salário recebido.
A empresa alegou que o incidente não passou de “uma brincadeira descontraída entre colegas de trabalho, cujo resultado incidiu em uma lesão”. A Vara do Trabalho considerou o argumento da empresa descabido e a juíza sentenciante considerou que o gerente “assumiu o risco das consequências” de sua “grave negligência”. A empresa foi condenada a pagar 100 salários mínimos pelos danos morais (cerca de R$ 30 mil à época).
A empresa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, que manteve a condenação, mas diminuiu o valor da indenização para R$ 5 mil. Ao recorrer para o Tribunal Superior do Trabalho, a empresa teve seu pedido negado e a sentença foi mantida.
sábado, 6 de novembro de 2010
Blogosfera em Transe ou Obrigado Mayara Petruso, Por Expor as Entranhas de Sua/Nossa Gente ou Só se Desilude Quem Se Ilude
É quase impossível ignorar certas ondas que surgem nas mídias sociais. São verdadeiras tsunamis de informações e conceitos que só se poderia deixar de tomar conhecimento se você estivesse morto ou enterrado vivo. O foco dessa introdução é a avalanche de torpeza, ignorância e ignomínia manifestada nas eleições presidenciais de outubro 2010.
E o catalisador foi a obra da famigerada (no sentido empregado no conto homônimo de JGR) advogada paulistana Mayara Petruso que, talvez por sua pouca idade e escassa vivencia, acabou expressando publicamente o que muitos de seus conterrâneos pensam mas não dizem:
Que seria um grande beneficio ao estado de São Paulo se cada um de seus nativos buscasse afogar um “nordestito” (ela queria dizer nordestino, mas parece ter muitos problemas com a língua pátria além dos que tem com os habitantes dessa região do país).
Automaticamente relacionei sua façanha com os abundantes desastres de transito, que cada vez matam e mutilam mais em nosso país.
A relação pode nao ser muito evidente e tem a ver com a teoria econômica conhecida por “desenvolvimento induzido”, que, grosso modo, explica a súbita prosperidade de um país a partir, principalmente, de uma intervenção estrangeira, externa, com escassa eu nenhuma evolução educacional, cultural e existencial se seu próprio povo. Isso foi mais ou menos que ocorreu em nosso país em tempos recentes.
A situação do transito sempre me espantou; ver a enorme importância que a mídia dá ao assim chamado “terrorismo” e quase nenhuma à guerra diaria do transito me levou a pesquisar os números. Descobri uma estatística na Revista das Forças Armadas informando que nos últimos 7 (sete) anos em todo o mundo estima-se que atentados terroristas tenham tirado a vida de 39.000 pessoas EM TODO O MUNDO. Todos os anos nossos motoristas-terroristas matam quase 50.000 brasileiros, e mutilam um numero muito maior: são 10 vezes mais letais que todos os terroristas do mundo inteiro. Isso não é pouca coisa.
Penso que seria fazer pouco da inteligência e perspicácia dos outros tentar explicar mais o que quero dizer.
E o catalisador foi a obra da famigerada (no sentido empregado no conto homônimo de JGR) advogada paulistana Mayara Petruso que, talvez por sua pouca idade e escassa vivencia, acabou expressando publicamente o que muitos de seus conterrâneos pensam mas não dizem:
Que seria um grande beneficio ao estado de São Paulo se cada um de seus nativos buscasse afogar um “nordestito” (ela queria dizer nordestino, mas parece ter muitos problemas com a língua pátria além dos que tem com os habitantes dessa região do país).
Automaticamente relacionei sua façanha com os abundantes desastres de transito, que cada vez matam e mutilam mais em nosso país.
A relação pode nao ser muito evidente e tem a ver com a teoria econômica conhecida por “desenvolvimento induzido”, que, grosso modo, explica a súbita prosperidade de um país a partir, principalmente, de uma intervenção estrangeira, externa, com escassa eu nenhuma evolução educacional, cultural e existencial se seu próprio povo. Isso foi mais ou menos que ocorreu em nosso país em tempos recentes.
A situação do transito sempre me espantou; ver a enorme importância que a mídia dá ao assim chamado “terrorismo” e quase nenhuma à guerra diaria do transito me levou a pesquisar os números. Descobri uma estatística na Revista das Forças Armadas informando que nos últimos 7 (sete) anos em todo o mundo estima-se que atentados terroristas tenham tirado a vida de 39.000 pessoas EM TODO O MUNDO. Todos os anos nossos motoristas-terroristas matam quase 50.000 brasileiros, e mutilam um numero muito maior: são 10 vezes mais letais que todos os terroristas do mundo inteiro. Isso não é pouca coisa.
Penso que seria fazer pouco da inteligência e perspicácia dos outros tentar explicar mais o que quero dizer.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Manu Chao - Welcome to Tijuana
Por paradoxal que pareça trabalhadores sul americanos ainda encontram mais dignidade e respeito como imigrantes ilegais clandestinos nos EUA que como cidadãos em seus paises de origem. E como a travessia na fronteira MEXICO/USA é assunto candente nos dias que correm, o melhor comentario sobre o tema, como acontece com frequencia, é uma musica...
terça-feira, 14 de setembro de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Al Capone, patrono dos ecologistas
As eleições presidenciais de 2010 trouxeram a ecologia para o centro do debate político porque tem uma candidata do ramo. Não importa que o papel dela seja somente o de tirar votos da candidata oficial, numa jogada de desespero das hostes direitistas para evitar o fim precoce do PSDB (ex-PMDB autentico), no caso de uma vitória no primeiro turno – cada vez mais provável – da candidata do governo.
Sempre que ouço falar em “proteção da natureza” tenho um certo mal estar.
O mesmo que me ocorre quando escuto – a classe media “consciente” adora - o tal: “eu amo a natureza”. Como se o falante fosse um ente à parte, não natural. E talvez seja mesmo. Que sei eu?
Mas voltemos ao negócio – é negócio mesmo – da “proteção da natureza”. Essa “proteção” sempre soa como a mesma que a máfia vendia em Chicago nos anos 30 do século passado e o PCC vende na periferia de São Paulo hoje. A natureza não precisa de proteção, só de ser deixada em paz. Até porque, como a turma do velho Alphonse, o “protetor” e a ameaça são os mesmos.
Ecologia é a nova religião sem Deus, dos dias atuais, para aplacar a má consciência de burgueses tolos, fúteis e consumistas. O marxismo meio que já fez esse papel em outros tempos, mas perdeu o charme.
Sempre que ouço falar em “proteção da natureza” tenho um certo mal estar.
O mesmo que me ocorre quando escuto – a classe media “consciente” adora - o tal: “eu amo a natureza”. Como se o falante fosse um ente à parte, não natural. E talvez seja mesmo. Que sei eu?
Mas voltemos ao negócio – é negócio mesmo – da “proteção da natureza”. Essa “proteção” sempre soa como a mesma que a máfia vendia em Chicago nos anos 30 do século passado e o PCC vende na periferia de São Paulo hoje. A natureza não precisa de proteção, só de ser deixada em paz. Até porque, como a turma do velho Alphonse, o “protetor” e a ameaça são os mesmos.
Ecologia é a nova religião sem Deus, dos dias atuais, para aplacar a má consciência de burgueses tolos, fúteis e consumistas. O marxismo meio que já fez esse papel em outros tempos, mas perdeu o charme.
sábado, 14 de agosto de 2010
O ganha pão (que o diabo amassou) da imprensa
A “vantagem” de sermos um povo sem memória, como dizem, é que sempre estamos nos espantando com coisas antigas. Todo esse alvoroço envolvendo as barbaridades cometidas pelo goleiro do Flamengo, Bruno e cúmplices, cujos detalhes não precisam ser repetidos, por escabrosos, grotescos e tão copiosamente reprisados pela mídia sensacionalista – quase toda – que dispensa qualquer recapitulação. O que pretendo abordar aqui são os aspectos psicosociais do fenômeno que se configura no espanto, meio real meio simulado, de pessoas e instituições que fingem não saber que o crime, a barbárie, o banditismo puro e simples, a fraude, a ambição desmedida, a manipulação de emoções populares, o endeusamento e destruição de ídolos criados sob medida para consumo imediato, sempre fizeram parte do ambiente do futebol. Como dizia o grande Juca Chaves em tempos quase pré-históricos, o futebol é o ganha pão da imprensa.
São inúmeros os fenômenos de perversão e corrupção que rondam os estádios e clubes, desde sempre.
E um dos piores é o modo como o imaginário popular é mobilizado por fantasias de sucesso, fama e dinheiro fácil que faz com que famílias pobres de todo o interior do país acabem por entregar seus filhos para traficantes de ilusões que os abandonam na periferia das grandes cidades depois de os explorar o mais que podem.
Tais delinqüentes rondam os campos de várzea e pequenos estádios do interior, assediando os meninos e jovens atletas com promessas de fama e fortuna, a partir de testes em grandes clubes das capitais, que abririam as portas do sucesso, inclusive, no exterior, gloria suprema.
Mas para isso os pais, dizem os malfeitores, tem de arcar com as despesas de manutenção de sua prole – que nem está tão empolgada assim, mas embarca na trip familiar - iludida, nos primeiros tempos de testes e experiências nos clubes de maior expressão nas cidades grandes. A exigência de mais dinheiro se repete até que as famílias percam as ilusões e percebam que foram enganadas. Aí os meninos desorientados e assustados são abandonados em casebres na periferia, sem comida, sem roupas e não raro, doentes.
Existem outras versões dessa prática criminosa: mães fascinadas com o mundo da televisão são convencidas a pagar pela produção de um book – álbum de fotografias - de seus rebentos, que a natural corujice materna sempre imagina mais bonitos que são na verdade. Essas fotos e vídeos seriam levados aos estúdios de televisão e sua prole seria contratada por somas fantásticas para anúncios, novelas de TV e até filmes, quem sabe? Esse é um golpe antigo que ainda funciona. Quem sabe a perspectiva de poder finalmente fazer aquela plástica ou a lipo sempre adiada? A viagem a Disney? A compra da mansão e o fim do churrasco na laje? Uma festa de casamento num castelo, num vinhedo no vale do Loire, na França? O céu é o limite...
Mas por falar em filmes, não sei porque, pela importância que o futebol tem para a nossa gente, ainda não se fez um filme bom sobre esses aspectos, da corrupção e crime desse meio. Os mexicanos fizeram recentemente, – chama-se Rudo e Cursi - realização que resulta do concurso de esforços dos maiores realizadores do país: Alejandro Iñarritu, Alfonso e Carlos Cuaron e Guillermo Del Toro. Vale buscar nas locadoras – foi lançado em DVD recentemente – e se deliciar com o modo como o tema é tratado com maestria e fluência pelos craques. E tentar responder a pergunta sobre o motivo pelo qual não podemos fazer algo semelhante.
Quanto ao tema dos futuros atores também existe um filme ótimo do Giuseppe Tornatore, Luomo Delle Stelle, (O Homem das Estrelas) que é um remake perfeito de La Strada (A Estrada da Vida) de Fellini, onde um ótimo Sergio Castellito faz o equivalente ao Zampanó, personagem de Anthony Quinn no original.
São inúmeros os fenômenos de perversão e corrupção que rondam os estádios e clubes, desde sempre.
E um dos piores é o modo como o imaginário popular é mobilizado por fantasias de sucesso, fama e dinheiro fácil que faz com que famílias pobres de todo o interior do país acabem por entregar seus filhos para traficantes de ilusões que os abandonam na periferia das grandes cidades depois de os explorar o mais que podem.
Tais delinqüentes rondam os campos de várzea e pequenos estádios do interior, assediando os meninos e jovens atletas com promessas de fama e fortuna, a partir de testes em grandes clubes das capitais, que abririam as portas do sucesso, inclusive, no exterior, gloria suprema.
Mas para isso os pais, dizem os malfeitores, tem de arcar com as despesas de manutenção de sua prole – que nem está tão empolgada assim, mas embarca na trip familiar - iludida, nos primeiros tempos de testes e experiências nos clubes de maior expressão nas cidades grandes. A exigência de mais dinheiro se repete até que as famílias percam as ilusões e percebam que foram enganadas. Aí os meninos desorientados e assustados são abandonados em casebres na periferia, sem comida, sem roupas e não raro, doentes.
Existem outras versões dessa prática criminosa: mães fascinadas com o mundo da televisão são convencidas a pagar pela produção de um book – álbum de fotografias - de seus rebentos, que a natural corujice materna sempre imagina mais bonitos que são na verdade. Essas fotos e vídeos seriam levados aos estúdios de televisão e sua prole seria contratada por somas fantásticas para anúncios, novelas de TV e até filmes, quem sabe? Esse é um golpe antigo que ainda funciona. Quem sabe a perspectiva de poder finalmente fazer aquela plástica ou a lipo sempre adiada? A viagem a Disney? A compra da mansão e o fim do churrasco na laje? Uma festa de casamento num castelo, num vinhedo no vale do Loire, na França? O céu é o limite...
Mas por falar em filmes, não sei porque, pela importância que o futebol tem para a nossa gente, ainda não se fez um filme bom sobre esses aspectos, da corrupção e crime desse meio. Os mexicanos fizeram recentemente, – chama-se Rudo e Cursi - realização que resulta do concurso de esforços dos maiores realizadores do país: Alejandro Iñarritu, Alfonso e Carlos Cuaron e Guillermo Del Toro. Vale buscar nas locadoras – foi lançado em DVD recentemente – e se deliciar com o modo como o tema é tratado com maestria e fluência pelos craques. E tentar responder a pergunta sobre o motivo pelo qual não podemos fazer algo semelhante.
Quanto ao tema dos futuros atores também existe um filme ótimo do Giuseppe Tornatore, Luomo Delle Stelle, (O Homem das Estrelas) que é um remake perfeito de La Strada (A Estrada da Vida) de Fellini, onde um ótimo Sergio Castellito faz o equivalente ao Zampanó, personagem de Anthony Quinn no original.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
CANCION DEL ARBOL DEL OLVIDO
(A. Ginastera / F. Silva V.)
Victor Jara (Chile)
En mi pago hay un arbol
que del olvido se llama
donde van a consolarse
vidalita, los moribundos del alma.
Para no pensar en vos
en el arbol del olvido
me acoste una nochecita
vidalita, y me quede bien dormido.
Al despertar de aquel sueño
pensaba en vos otra vez
pues me olvide de olvidarte
vidalita, en cuanto me acoste.
Victor Jara (Chile)
En mi pago hay un arbol
que del olvido se llama
donde van a consolarse
vidalita, los moribundos del alma.
Para no pensar en vos
en el arbol del olvido
me acoste una nochecita
vidalita, y me quede bien dormido.
Al despertar de aquel sueño
pensaba en vos otra vez
pues me olvide de olvidarte
vidalita, en cuanto me acoste.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
A vida imita a arte...de novo
Mesmo num mundo onde George W. Bush, Fernando Collor, Silvio Berlusconi e assemelhados podem ser presidentes de um país, a prisão de Roman Polanski na Suíça, a pedido dos americanos, onde ainda se encontra, por ter supostamente, há quase 40 atrás, cedido aos encantos de uma Lolita, que hoje, casada e mãe de filhos, tudo que deseja, em suas próprias palavras, é que esqueçam do assunto, soava como um absurdo além dos generosos padrões de surrealismo do mundo atual e pedia explicação mais convincente. E a ninfeta nem era mais virgem ao tempo dos eventos libidinosos.
Agora, pelo preço de um ingresso de cinema pode-se ter essa explicação de modo mais que satisfatório, bastando para isso que se vá assistir ao filme que diretor terminou já na prisão – O Escritor Fantasma – e que contém, em seu enredo, de modo explicito, a tese que o ex primeiro ministro britânico Tony Blair, também conhecido na imprensa inglesa como “o cachorrinho de Bush”, e senhora, não passavam de funcionários da “Companhia”, na folha de pagamento do governo americano como agentes “undercover”, infiltrados, no governo da reino unido para servir aos propósitos imperiais da única superpotência remanescente no mundo, fazendo o serviço sujo na guerra do Iraque principalmente. Como qualquer “gauleiter”, fantoche, nos governos de republiquetas sul americanas, africanas ou asiáticas.
O Tony Blair do filme se chama Adam Lang, e é feito por um Pierce Brosnan sob medida, numa escolha de fina ironia, por ter sido um dos últimos 007 do cinema, o agente secreto de sua majestade que personificava o ultimo motivo de orgulho viril do desdentado Leão Britânico, em sua sanha de varão hiperativo, talvez para compensar, no imaginário universal, a crença no escasso interesse dos ingleses pelas atividades da alcova. Ao menos quando essas atividades envolvem membros do sexo oposto.
Qualquer um que já viu o Pet de Bush, no papel de primeiro ministro, na TV, não tem dúvida que ele precisava de orientação externa para amarrar o sapato ou qualquer outra tarefa de igual complexidade. Enfim, isso – o filme - deve ter soado aos ouvidos – e olhos- dos súditos de sua majestade, como um insulto intolerável, e os americanos apesar, de certamente terem achado uma piada divertida, não podiam se omitir de ajudar o aliado de primeira hora, em todas suas estripulias bélicas, cobrando do governo Suíço o encarceramento do famigerado cineasta. Com quem, convenientemente, já tinham contas a acertar por sua independência, ousadia, pouca vergonha e safadeza.
Isso só reforça a tese que o governo e mídia americanos nunca toleraram a trinca de realizadores, integrada por judeus, baixinhos e abusados, subversivos, provocadores, e muito talentosos, formado por Chaplin, Woody Allen e Roman Polanski. Além do gênio mais que evidente, e empatia com um certo publico letrado – em geral não americano – dividiam também a incontida preferência por mulheres muito jovens, o que na sociedade puritana e hipócrita, que construíram na América do Norte, onde quase sempre a violência exacerbada e nauseante nos filmes substituiu o sexo, e o único instrumento fálico que admitem na tela é uma arma fumegante.
De modo que, sem metáforas, essa violência se reflete de modo simétrico no mundo real, e é imperdoável quem prefere o amor à morte, fornecendo o pretexto mais que suficiente para a retaliação que tarda mas não falha. Woody Allen quase teve a carreira arruinada quando se casou com a jovem enteada vietnamita de sua ex-mulher, Mia Farrow, há alguns anos, e Charles Chaplin, o grande e imortal Carlitos, foi impedido de desembarcar em solo americano – sob pretexto idêntico - depois de uma viagem a Europa, e acabou, findando seus dias no exílio...onde? Na Suíça, claro.
Dos três, o único que ainda não sentiu o peso do braço vingativo de Tio Sam em toda sua fúria – até por ser o menos explicitamente político dos três – foi Woody Allen, mas já sentiu, sem duvida, a rarefação da atmosfera de trabalho, na dificuldade de financiar seus projetos em solo americano, na justa medida que aumenta seu prestigio no exterior, onde tem filmado intensamente, a convite de governos e produtores independentes. Mas tem de ficar esperto para não dar pretexto para uma ação mais enérgica, com a CIA, o FBI, os “county sheriffs”,e os Marines em seu encalço por qualquer infração de transito, ou atraso no pagamento da conta de luz.
Agora, pelo preço de um ingresso de cinema pode-se ter essa explicação de modo mais que satisfatório, bastando para isso que se vá assistir ao filme que diretor terminou já na prisão – O Escritor Fantasma – e que contém, em seu enredo, de modo explicito, a tese que o ex primeiro ministro britânico Tony Blair, também conhecido na imprensa inglesa como “o cachorrinho de Bush”, e senhora, não passavam de funcionários da “Companhia”, na folha de pagamento do governo americano como agentes “undercover”, infiltrados, no governo da reino unido para servir aos propósitos imperiais da única superpotência remanescente no mundo, fazendo o serviço sujo na guerra do Iraque principalmente. Como qualquer “gauleiter”, fantoche, nos governos de republiquetas sul americanas, africanas ou asiáticas.
O Tony Blair do filme se chama Adam Lang, e é feito por um Pierce Brosnan sob medida, numa escolha de fina ironia, por ter sido um dos últimos 007 do cinema, o agente secreto de sua majestade que personificava o ultimo motivo de orgulho viril do desdentado Leão Britânico, em sua sanha de varão hiperativo, talvez para compensar, no imaginário universal, a crença no escasso interesse dos ingleses pelas atividades da alcova. Ao menos quando essas atividades envolvem membros do sexo oposto.
Qualquer um que já viu o Pet de Bush, no papel de primeiro ministro, na TV, não tem dúvida que ele precisava de orientação externa para amarrar o sapato ou qualquer outra tarefa de igual complexidade. Enfim, isso – o filme - deve ter soado aos ouvidos – e olhos- dos súditos de sua majestade, como um insulto intolerável, e os americanos apesar, de certamente terem achado uma piada divertida, não podiam se omitir de ajudar o aliado de primeira hora, em todas suas estripulias bélicas, cobrando do governo Suíço o encarceramento do famigerado cineasta. Com quem, convenientemente, já tinham contas a acertar por sua independência, ousadia, pouca vergonha e safadeza.
Isso só reforça a tese que o governo e mídia americanos nunca toleraram a trinca de realizadores, integrada por judeus, baixinhos e abusados, subversivos, provocadores, e muito talentosos, formado por Chaplin, Woody Allen e Roman Polanski. Além do gênio mais que evidente, e empatia com um certo publico letrado – em geral não americano – dividiam também a incontida preferência por mulheres muito jovens, o que na sociedade puritana e hipócrita, que construíram na América do Norte, onde quase sempre a violência exacerbada e nauseante nos filmes substituiu o sexo, e o único instrumento fálico que admitem na tela é uma arma fumegante.
De modo que, sem metáforas, essa violência se reflete de modo simétrico no mundo real, e é imperdoável quem prefere o amor à morte, fornecendo o pretexto mais que suficiente para a retaliação que tarda mas não falha. Woody Allen quase teve a carreira arruinada quando se casou com a jovem enteada vietnamita de sua ex-mulher, Mia Farrow, há alguns anos, e Charles Chaplin, o grande e imortal Carlitos, foi impedido de desembarcar em solo americano – sob pretexto idêntico - depois de uma viagem a Europa, e acabou, findando seus dias no exílio...onde? Na Suíça, claro.
Dos três, o único que ainda não sentiu o peso do braço vingativo de Tio Sam em toda sua fúria – até por ser o menos explicitamente político dos três – foi Woody Allen, mas já sentiu, sem duvida, a rarefação da atmosfera de trabalho, na dificuldade de financiar seus projetos em solo americano, na justa medida que aumenta seu prestigio no exterior, onde tem filmado intensamente, a convite de governos e produtores independentes. Mas tem de ficar esperto para não dar pretexto para uma ação mais enérgica, com a CIA, o FBI, os “county sheriffs”,e os Marines em seu encalço por qualquer infração de transito, ou atraso no pagamento da conta de luz.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Questão de Ponto de Vista
Christa Schroeder foi secretária pessoal de Hitler durante todos seus anos no poder (1933/1945) até os dias finais. Encontrei seu livro sobre esse período de sua vida, em uma dessas bancas de encalhes das livrarias, com desconto, o que é uma injustiça, pois apesar de não trazer propriamente novidades nem grandes lances políticos, é muito revelador dos aspectos, digamos, humanos, em falta de palavra melhor, da pessoa do Fuhrer do terceiro Reich, e seu staff, de quem viveu próxima, nos momentos cruciais. Certas curiosidades maliciosas ressaltam do relato, que ao invés desqualificarem a obra, acrescentam credibilidade e relevância. Por exemplo, o modo como, quando ela percebe que esta sendo reverente e elogiosa demais com o chefe, salpica uma ou outra critica ao longo do texto, meio que para se desvincular das ações nefastas do velho Adolf e sua turma. Mas o mais interessante mesmo fica bem para os dias finais, quando, com o exército soviético às portas de Berlim, e o fim inevitável se anunciando no horizonte, ela destaca com nitidez o estado de animo do chefe que, segundo suas palavras, se mostrava desiludido e amargurado com a maldade humana. E a fonte imediata desse estado de espírito é explicitada com sua convicção na traição dos comandantes da Wermacht e das SS, que por sabotagem ou incompetência não obtinham as vitórias necessárias ao alcance de seu projeto de conquista. E os soldados por não lutarem com mais coragem e empenho. E certamente se sentiu traído pela perfídia da resistência das “raças inferiores”, principalmente dos russos, que não se deixavam abater com o mesmo fatalismo e espírito de sacrifício que os judeus nos campos de extermínio. O maior incomodo e perturbação causado da leitura, entretanto é como fica evidente que a grande “qualidade” do velho genocida não foi sua desumanidade, mas ao contrario, a concentração, no mais alto grau de características muito humanas, que percebo ter encontrado em muita, mas muita gente mesmo, ao longo da vida. Esses apenas não as possuíam no mesmo grau e nem acharam terreno fértil para desenvolver seus próprios projetos.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Estaremos crescendo, afinal???
Será impressão minha ou os brasileiros estamos menos empolgados com esse negócio de copa do mundo??? Aquela folia infantil que acometia o povaréu nessas ocasiões parece ser somente mais um pretexto para bebedeiras e barbaridades no trânsito, como o carnaval, natal e outras festividades que alegra povos infantilizados pela cultura de massas e baixo nivel educacional, e não provoca mais a emoção genuina que fazia com que amigos e parentes se matassem alegremente com tiros e facadas em tempos de outrora, por suas loucas paixões esportivas. Bons tempos aqueles...
sábado, 29 de maio de 2010
No coletivo...
Entreouvido no busão
-Motorista, pode me avisar quando chegar ao final da Avenida do Contorno?
Outra senhora para a trocadora:
-esse ônibus passa na Rua Leopoldina, (e ante a resposta positiva) pode me avisar quando chegar?
A trocadora, meio distraída:
- posso sim mas vc tem de me lembrar quando chegar lá, ando com a cabeça muito ruim esses dias.
Outra passageira para a amiga;
-Deus me perdoe, mas não acredito nesse negócio de disco voador...
-Motorista, pode me avisar quando chegar ao final da Avenida do Contorno?
Outra senhora para a trocadora:
-esse ônibus passa na Rua Leopoldina, (e ante a resposta positiva) pode me avisar quando chegar?
A trocadora, meio distraída:
- posso sim mas vc tem de me lembrar quando chegar lá, ando com a cabeça muito ruim esses dias.
Outra passageira para a amiga;
-Deus me perdoe, mas não acredito nesse negócio de disco voador...
sábado, 22 de maio de 2010
No Brasil os séculos não passam, eles se superpõem..
Nos jornais, espantados: os concursos de miss, miss Brasil, miss mundo e coisas assim
bombando novamente; jovens jornalistas tentando entender o ressurgimento de algo que parecia morto e enterrado sob toneladas de cafonice e mau gosto. Como em outras coisas que pareciam extintas e ressurgem, não vejo a razão do espanto: imagina, tuberculose, febre amarela, dengue, ABBA, Creedence Clearwater Revival – mas isso acho que não conta pq sempre que os sobreviventes de alguma banda caquética no hemisfério norte precisam de uns caraminguás pra pagar o asilo e as drogas dos dinossauros do pop pré-histórico, aportam por aqui, por que sabem que sempre serão bem recebidos. Mas e um tal de sertanejo universitário??? Dois conceitos altamente carregados de suspeitas e mal entendidos culturais... Juntos??? Sei não... A barra ta pesando demais.
Depois; novelas e programa de televisão em geral sendo levado a sério nos cadernos B dos grandes jornais; evangélicos de classe média, meninos urbanos fumando cigarros de palha como se fosse o must..
É como um pesadelo em que os anos sessenta voltassem com força, mas somente com o seu lado pavorosamente kitsch, de um mau gosto perverso e cafonice além de qualquer delírio...
Dá a sensação que a qualquer momento vamos ver as matronas com cabelos espetados de laquê, saltos e vestidões –a burguesia marchadeira da ditadura militar – desfilando nas principais avenidas das capitais por Deus, Pátria e Família contra o comunismo ateu. Por favor, me acordem antes que eu morra no sonho como as vitimas de Fredy Krugger...
bombando novamente; jovens jornalistas tentando entender o ressurgimento de algo que parecia morto e enterrado sob toneladas de cafonice e mau gosto. Como em outras coisas que pareciam extintas e ressurgem, não vejo a razão do espanto: imagina, tuberculose, febre amarela, dengue, ABBA, Creedence Clearwater Revival – mas isso acho que não conta pq sempre que os sobreviventes de alguma banda caquética no hemisfério norte precisam de uns caraminguás pra pagar o asilo e as drogas dos dinossauros do pop pré-histórico, aportam por aqui, por que sabem que sempre serão bem recebidos. Mas e um tal de sertanejo universitário??? Dois conceitos altamente carregados de suspeitas e mal entendidos culturais... Juntos??? Sei não... A barra ta pesando demais.
Depois; novelas e programa de televisão em geral sendo levado a sério nos cadernos B dos grandes jornais; evangélicos de classe média, meninos urbanos fumando cigarros de palha como se fosse o must..
É como um pesadelo em que os anos sessenta voltassem com força, mas somente com o seu lado pavorosamente kitsch, de um mau gosto perverso e cafonice além de qualquer delírio...
Dá a sensação que a qualquer momento vamos ver as matronas com cabelos espetados de laquê, saltos e vestidões –a burguesia marchadeira da ditadura militar – desfilando nas principais avenidas das capitais por Deus, Pátria e Família contra o comunismo ateu. Por favor, me acordem antes que eu morra no sonho como as vitimas de Fredy Krugger...
sábado, 15 de maio de 2010
Só dói quando eu rio
Os jornais de BH dizem que há uma onda de crimes denominados “saidinha bancaria”, na capital, no curioso jargão midiático que reduz toda tragédia a pilhérias idiotas; tal delito consiste, aparentemente, em bandidos que seguem pessoas que acabaram de sacar quantias significativas nos terminais dos bancos, assaltam e freqüentemente matam o incauto. A mesma reportagem informa que as autoridades (mais ou menos) competentes já acharam a solução para o problema; à moda das provas de múltipla escolha convido meus três leitores a adivinhar a solução encontrada:
a- Prender, julgar e condenar os facínoras.
b- Forçar os bancos a oferecer mais segurança para os clientes que lhes proporcionam os maiores lucros do mundo no setor.
c- Proibir as pessoas de usar celular no interior das agencias
d- Dar coletes a prova de balas para todos que precisarem sacar umas merrecas.
e- Recomendar as pessoas que tenham juízo e parem de ficar sacando dinheiro a torto e direito.
Tenho certeza que, conhecendo bem a clarividência, senso de realidade, empenho e discernimento de nossas já referidas “autoridade (quase) competentes” ninguém teve a menor dificuldade de acertar a pegadinha. Pegadinha???? Opssss..melhor não dar idéia...
a- Prender, julgar e condenar os facínoras.
b- Forçar os bancos a oferecer mais segurança para os clientes que lhes proporcionam os maiores lucros do mundo no setor.
c- Proibir as pessoas de usar celular no interior das agencias
d- Dar coletes a prova de balas para todos que precisarem sacar umas merrecas.
e- Recomendar as pessoas que tenham juízo e parem de ficar sacando dinheiro a torto e direito.
Tenho certeza que, conhecendo bem a clarividência, senso de realidade, empenho e discernimento de nossas já referidas “autoridade (quase) competentes” ninguém teve a menor dificuldade de acertar a pegadinha. Pegadinha???? Opssss..melhor não dar idéia...
Assinar:
Postagens (Atom)