domingo, 1 de novembro de 2009

O Demônio do Meio Dia

Esse é o nome de um livro, nem tão recente, sobre um dos fenômenos mais intrigantes dos tempos atuais: o que antes era simplesmente tristeza – como já disseram, o sujeito ficava meio “chateado” – se tornou uma mina de ouro para médicos e laboratórios depois que deram nomes e definições complicadas, e as celebridades passaram e ficar deprimidas a torto e a direito, e surgiram medicamentos e drogas para a “cura”. Ninguém mais fica triste, só deprimido. Parece que tristeza é coisa de fracassados, que não se deram bem na vida, que não souberam aproveitar as oportunidades do super capitalismo, que como se sabe, estão ao alcance de todos que se prepararem bastante aprendendo inglês e informática – a datilografia dos tempos atuais.
Nem todos ficaram felizes, mas alguns estão ganhando um bom dinheiro, como sempre. Um médico midiático desses que estão sempre em evidencia, dizia em entrevista outro dia que a doença que mais tratava em seu consultório no Hospital das Clinicas de SP, era a que a atriz da novela das oito tivera no ultimo capitulo.
Na manhã do dia seguinte sempre tinha uma fila de pessoas em sua porta com os mesmos sintomas.
Mas o tema é o livro do americano Andrew Solomon ele mesmo um deprimido que foi fundo na pesquisa de seu tema. Investigou todos os aspectos; e uma hipótese curiosa que especula para a proliferação do mal está na coincidência entre o surgimento de uma verdadeira epidemia da doença na segunda metade do século XX e a popularização e proliferação da TV nos lares do mundo inteiro. Pode ser uma implicância sem fundamento, uma conexão forçada e aleatória, mas nunca me esqueço de outra pesquisa – pela qual também não dá para por a mão no fogo - que informa que o horário de pico dos suicídios no Brasil é em torno das 20 horas do domingo, quando surge a vinheta do Fantástico nas telas de todo o país.
É..pode ser...

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