quarta-feira, 31 de março de 2010

Filme Noir

Não sou um saudosista. O tal de “no meu tempo tal coisa (tudo) era melhor” quase sempre denuncia um velho tolo. Mas depois de se viver alguma décadas – jamais confessarei quantas – algumas coisas saltam aos olhos, em perspectiva histórica, e podem ser comparadas por pessoas de qualquer idade. Falemos de filmes: ninguém que se lembre dos tempos áureos do cinema americano pode deixar de pensar em certas trocas que tivemos de fazer; quem imaginou ter de aceitar o Brad Pitt no lugar do, digamos, Paul Newman? E o Bruce Willis no lugar do Charlton Heston? Ou Leo Di Caprio no lugar do Marlon Brando? Acho que no capitulo das atrizes até que não perdemos muito não..tempos ótimas em ação na atualidade. Ninguém pode se queixar da Nicole Kidman ou da Angelina Jolie; de discordar quem há de???
Mas pense bem nos atores ingleses que sempre bateram ponto nos filmes americanos; em que mundo de absurdos pode-se pensar no Jude Law ou Hugh Grant no pódio que foi de Richard Burton ou Lawrence Olivier? Mas por pior que sejam os tempos os ingleses nunca nos decepcionam (no quesito de fingir) completamente - alguma língua bífida sempre pode invocar a inata perfídia e dissimulação dos nativos da pérfida Albion, como se dizia antigamente, mas isso já entraria no capítulo da pura maledicência nacionalista- ainda temos um Sir Ian McKellen ou Sean Connery, embora não sejam propriamente da novíssima geração.
Mas os exemplos seriam infinitos e cada um pode fazer o paralelo a seu gosto: Steve McQueen no lugar de quem mesmo? Se for com base na refilmagem de The Thomas Crown Affair teríamos de nos contentar com um Pierce Brosnan. Aí fica difícil mesmo né não? Tempos estranhos.

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