terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Paredão existe…
Macondo, Canudos, Ítaca e Dublin são lugares remotos e míticos dos livros. Na parte mais desolada do que restou do Grande Sertão, seu vilarejo mais desolado e esquecido, onde a eletricidade só chegou há poucos anos, pode ser equiparado a essas cidades, reais ou imaginarias. E está lá, pra ser visto por quem se aventurar. Nas fotos, o barranco do Rio do Sono que empresta o nome ao lugar.
“E cheguei no Paredão, na derradeira boa-lua da tarde” é como um certo João Guimarães Rosa o introduz na parte final de livro Grande Sertão: Veredas, e é onde se passa a parte final do épico sertanejo, quando chegam o jagunço Diadorim, a moça Maria Deodorina, a morrer de amores por seu chefe Riobaldo e de ódio por Hermógenes, o “cão”. Se quiser conhecer tem de ir depressa porque o pequeno burgo – distrito do municipio de Buritizeiro/MG, pode desaparecer de uma hora para outra engolido pelo oceano de eucaliptos plantados para fazer gusa, papel e carvão.

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